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Inclusão do Aluno com Necessidades Especiais no Ensino Regular
Inclusão do Aluno com Necessidades Especiais no Ensino Regular
Descripción:

Eva Carolina Cordeiro: Boa tarde,estamos aqui mais um dia na radio Universitária com mais um programa Você será o próximo entrevistado. Eu, Eva Carolina Cordeiro, estou aqui a Renata Pereira Lino,nos estudamos na turma de Pedagogia M1A na Faculdade Sumaré e estamos no último semestre do curso.Vamos entrevistar a Eduarda Malva de Souza Leão, ela faz o curso de Pedagogia. Renata Pereira Lino: A Eduarda, como a Eva falou, é estudante do curso de Pedagogia e está no quarto semestre, e ela atua como estagiária na E.M.E.F Marcílio Dias, aqui na zona norte da capital paulista, como uma professora auxiliar numa sala de alunos de com inclusão. Então a gente vai pedir pra ela contextualizar o trabalho que hoje ela desenvolve com os alunos dentro da sala de aula. Tudo bem Eduarda? Eduarda Malva de Souza de Leão :Tudo bem, então eu em sala de aula sou uma estagiária, estou ali para auxiliar a professora com os alunos de inclusão, mas caso precise auxilio outros alunos também, nesse trabalho eu planejo atividades para as crianças de inclusão dentro da sala de aula junto com a professora. Elaboro as atividades, aplico as atividades para essas crianças e o que mais for preciso fazer em sala de aula. Renata: Eduarda, essas atividades que você desenvolve pra esses alunos, na verdade você nos falou que são dois alunos uma que tem uma dificuldade de mobilidade física e a outra que tem paralisia cerebral. As atividades que você desenvolve, elas seguem o currículo que já é determinado pela escola, o plano de educação que é aplicado para os demais alunos, ou não, você faz uma atividade diferente? Eduarda: Então, essa parte ela é mais específica porque assim, algumas coisas dá pra se usar com a,criança que não tem a mobilidade física ela consegue acompanhar a rotina normal que a professora dá pro restante da turma, já a que tem a paralisia cerebral não, algumas coisas a gente consegue fazer com ela em sala de aula, que seja no contexto da aula, mas muitas coisas não, muitas coisas tem que ser, o que eu tento seguir com ela em sala de aula? Se a professora está dando uma atividade de matemática que vai aparecer na lousa números, algarismos, algumas coisas do tipo, eu tento seguir essa temática, se ela vai dar matemática eu dou uma atividade relacionada á matemática, mas não tudo o que a professora dá em sala de aula, não dá pra se trabalhar. Renata: Qual a série que você Trabalha? Eduarda: 4º ano Renata: Você sabe me dizer se essas crianças já tem esse acompanhamento de um professor mais focado para a necessidade delas, desde as primeiras séries, ou não? Eduarda: Eles tem o professor regente de sala, no horário normal de aula e fazem o acompanhamento no SAAE no período paralelo, como as crianças vem no período da tarde, no período da manhã, acho que duas vezes por semana eles fazem esse acompanhamento. Renata: Mas você sabe nos dizer se desde a 1ª, 2ª e 3ª série eles tem um profissional com a sua atuação fazendo esse acompanhamento dentro de sala? Eduarda: Não, eles tem esse acompanhamento desde o primeiro ano, da sala de SAAE. Agora o estagiário com eles dentro de sala, não, pelo menos a criança que eu fico não, ela teve no 3º ano e agora no 4º ano. Renata: Relacionado a avaliação, como que o professor ele faz a avaliação desse aluno por exemplo? Eduarda: Essa parte é mais difícil de eu te falar porque essa parte eu não acompanho, mas pelo que se dá pra ver que ela faz uma avaliação de como essa criança entrou, tanto que essa professora está com essa criança desde o terceiro ano, então a avaliação dela é mais na parte de adaptação, o que ela conseguiu desenvolver melhor. No ano passado, a criança que teve paralisia cerebral, ela não comia sozinha, ela não pegava num lápis, ela não gosta de pintar, mas a gente tem que trabalhar essa parte né, então hoje ela já faz, ela pode demorar ali o tempo dela mas ela sabe que ela tem que fazer e ela acaba fazendo, no final ela acaba fazendo, então eu acho que é essa parte que ela pega pra avaliar, as atividades que ela consegue fazer em conjunto com a sala, o que não. Renata: Como é o comportamento dos demais alunos dentro de sala? Você percebe uma receptividade por parte deles em acolher, em ajudar, ter uma certa paciência, com esses colegas ou eles não tem essa conduta ainda? Eduarda: Sim, sim, não só os alunos de sala mas da escola, muitos alunos conhecem, estão lá desde o primeiro ano e conhecem essas crianças, brincam, é super tranquilo essa questão de eles estarem interagindo, é super tranquilo, dentro de sala eles ajudam, eles brincam, se pudesse, ela estaria no meio da sala e eles todos em volta porque é assim, eles quem estar junto, eles querem estar perto, eles vão pegar as coisas e fazer, até levar, porque ela tem uma dificuldade de locomoção, até em levar a gente tem que brigar com eles porque não pode, acontece alguma coisa, ela cai, não pode mas até isso eles querem fazer. Renata: O colégio tem uma estrutura física que permite a recepção dessa criança, por exemplo, se ela precisa de corrimão, coisas nesse sentido, que facilitem o acesso da criança, rampas, nesse sentido o colégio tem essa estrutura? Eduarda: Tem em partes, a questão da rampa, eles tem , as crianças só sobem escadas, para ir para o segundo andar e essas crianças que tem dificuldades, elas ficam na parte térrea, tem salas de aula na parte térrea, então a rampa é normal, corrimão mesmo só nas escadas, mas é super tranquilo, até porque eles entram pela entrada da secretaria, então as tias da perua do térreo, acompanham eles até lá dentro, tem sim essa questão da estrutura. Renata: O professor regente, porque existe a ideia de muitas coisas que a gente já ouviu, uma vez que o professor auxiliar na sala, o professor regente, ele meio que deixa esse aluno na responsabilidade nas mãos de um outro e ele continua tocando as demandas da sala de aula normal, no caso a professora regente dessa sala, ela tem essa proximidade com esses alunos ou você percebe que a responsabilidade maior está sobre você? Eduarda: Sim, ela tem proximidade, a responsabilidade fica mais pra mim mesmo, mas ela tem essa proximidade, atividades, ela faz as atividades para com os alunos, mas tentando interagir essas crianças também, eu formo algumas atividades, em casa pra ela fazer, porque eu sei que muita coisa não dá pra professora fazer porque ela tem 26 né, não dá pra tratar só exclusivamente dele, e porque se fosse pra tratar exclusivamente dessa criança, não seria inclusão, seria exclusão, ela faz o que dá pra fazer com todos, e eu faço as atividades que é só pra essas crianças, então, mas ela tem toda essa proximidade, faz, vai atrás, me dá materiais pra fazer, me trás diversos materiais. Ai ela fala: 'Você vê o contexto que você quer aplicar, de que forma, se desse jeito que eu fiz dá pra ela fazer ou se você quer mudar pra ficar mais fácil' , mas tem essa interação dela com a criança e comigo também, que as vezes falta muito isso. Renata: Você chegou até a escola pelo CIEE, no momento que você foi chamada,pra passar por um processo seletivo e tudo mais, você já foi informada qual seria sua atividade, e a sua atuação pra essa vaga? Eduarda: Sim, eles deixaram bem claro, eles só não me disseram qual escola no momento, qual criança, que tipo de deficiência, mas eles me deixaram bem a par de toda situação. Eles me disseram que eram com crianças especiais, mas não me disseram com o que tiveram pra estar ali mas foi tudo muito bem explicado. Renata: Você já havia trabalhado com crianças especiais antes? Eduarda: Não, primeira experiência. Eva: Você vai querer continuar trabalhando nessa área? Eduarda: Sim, com essa experiência, eu achei muito bom. Quando eu comecei a fazer a Pedagogia, ah professor, tá, legal, mas o que eu posso ser de diferente? De tudo isso? Vamos pesquisar, foi através da faculdade mesmo, primeira pesquisa que eu fiz foi de professor dentro de hospitais, já vi que ali não era a minha praia, porque eu fiz uma pesquisa de campo, já vi que não era. Surgiu essa da deficiência intelectual, de ver como é isso dentro da escola, eu fui á campo novamente, e foi aonde eu achei que eu tinha me encontrado, fui, fiquei sabendo desse projeto de inclusão nas escolas, fui pra ver como era e eu adorei, pretendo continuar nesse segmento. Renata: O papel da família, voce percebe um acompanhamento da familia porque por exemplo, nós estamos passando pela experiência de fazer estágio, o estágio obrigatório, e a percepção que fica pelo menos no meu caso, que eu já tenho acompanhado é que alguns pais são bem alheios ao que acontece em sala de aula, você não percebe uma interação, você não percebe uma ajuda, para que a criança faça a lição de casa, no caso dessas crianças, você percebe essa proximidade dos pais ou não? Eduarda: Com essas duas crianças que eu fico é a questão do 8 e 80. A mãe da criança que tem a mobilidade, tudo ela informa a escola, tudo ela quer saber, tudo ela vai nas reuniões, se deixar ela fica o tempo todo na reunião conversando com a professora, querendo saber de tudo, acompanhando tudo, o que eu acho que é o certo. Já o da outra que teve a paralisia cerebral não, a gente sente muito a falta dessa mãe presente em N questões, a criança está tendo uma briga com a questão disso, da mãe participar mais, porque falta muito e a gente faz o que pode dentro da escola mas a gente precisa que tenha esses pais interagindo senão não dá, realmente não dá, não é suficiente, um dia falta uma coisa, tem dia que falta outra, é a questão da medicação, então tudo o que se se deixa de se fazer dentro de casa, reflete na escola, a criança quando ela não toma o remédio ela, ela chega na escola agressiva, ela chega impaciente, ela não consegue ficar em sala de aula, ela não quer ficar no espaço escolar, então precisa dessa proximidade de como um acordo entre a escola e os pais para que tudo flua bem na vida dessa criança quanto dentro, como fora da escola. Renata: E a Educação Física, como que é? Eduarda: Essas duas crianças não participam, a que tem a mobilidade reduzida não pode porque ela passou por uma cirurgia no quadril e ainda não foi liberada pelo médico. Mas pelo que eu sei há uns dois anos antes ela podia. Já a outra que teve a paralisia cerebral ela tem dificuldade de locomoção e ela também fez uma cirurgia, ela fez uma cirurgia na coluna, mais ou menos um ano atrás e também não pode participar, não tem um laudo médico que diga que ela possa participar, interagir na educação física, do contrário é só por esses motivos mesmo. Eva: Eduarda, na sua opinião, existe diferença entre inclusão e integração? Eduarda: Pelo que eu vejo sim, a integração é você colocar aquele aluno junto com os demais, a inclusão é você possibilitar que esse aluno participe de tudo o que o restante da turma faz, porque não adianta só você estar ali para interagir e não participar, eles mesmo sentem falta disso, eles querem isso. Eva: Que tipo de ação pode ser sugerida no sentido de tornar eficaz a inclusão do aluno com deficiência na escola regular? Eduarda: Acho que essa questão da adaptação da escola, a questão dos professores, de ter essa troca de informação entre pais, professores, a questão do material ser adaptado, porque não adianta você só pegar aquela criança e colocar dentro da escola, ali dentro da sala de aula e deixar, você precisa de um material específico pra trabalhar com essa criança e seria bem legal se tivesse esse material adaptado não só pra essa criança, mas pra todos, porque o restante da turma eles veem que aquilo é diferente, que nem o caderno da criança que eu fico, é diferente, porque eu peguei, fiz uma capa, coloquei outras coisas, um espaço de linha maior, então eles sabem que é diferente, e eles querem saber o porque que é diferente, tanto a criança com deficiência, muitas vezes essa criança sai do lugar dela pra ir em outras mesas e ver que o material é diferente, ela pega e leva pra mesa dela, tipo: 'eu também quero esse' , ' porque eu não tenho esse'. A gente acha que não, que eles não entendem, muita gente que está de fora fala: ' Ah não eles não entendem ', até quem está dentro da escola que não convive com essa criança acha isso. Entendem sim e muito, eles são crianças normais, e eles entendem, teria que ter mais material, não que seja pra escola toda, mas pra aquela sala que tem essas crianças, seja todos iguais, tudo adaptado, sala adaptada, tudo. Eva: Uma das grandes barreiras a serem derrubadas está no preconceito em relação á esse tema 'inclusão'. Como que você vê esse problema? Eduarda: Eu tenho pra mim que isso é falta da pessoa ir e pesquisar isso porque é muito fácil você julgar, o difícil é você ir atrás pra saber o que acontece na realidade porque tem muitos pais que preferem deixar o filho fora da escola por causa desse preconceito, não é só a escola, os pais também, a maior parte do preconceito vem dos pais, mas os pais não vão atrás de pesquisar que essas crianças tem o direito de ter um acompanhante dentro de sala, é direito, é lei, eles não sabem que tem uma pessoa que vai ficar ali designada só para troca, alimentação, então ' eu prefiro que meu filho fique dentro de casa, eu cuido.' Só que quando nesse caso que a criança vai interagir com os demais, porque querendo ou não, ' Ah não, mas ele está aqui, vai interagir com a família, vai em festas.' Vai interagir com a família, e a familia vai tratar essa criança diferente, ela vai sair da zona de conforto dela, ela vai conhecer coisas novas, mundos diferentes, isso ajuda, e ajuda muito a desenvolver tudo na criança. Eva: Qual a vantagem para um aluno sem deficiência estudar junto com um aluno com deficiência na sua opinião? Eduarda: Eu acho que essas crianças que tem essa interação com a criança com deficiência, elas crescem respeitando mais o próximo porque ela ve que tem essa criança que tem essa dificuldade, ela cresce respeitando as diferenças porque ela é de um jeito, ela sabe que tem pessoas que são diferentes, não só as crianças que são diferentes porque a cor da pele é diferente, a nacionalidade é diferente, é que tem algumas dificuldades e que por isso são diferentes, mas que podem conviver com elas, que elas podem aprender com essa criança, não é só a questão do que a criança com deficiência pode aprender com os demais e sim o que os demais podem aprender com ela, que é um mundo vasto de aprendizagem, querendo ou não a aprendizagem vem disso, dessa troca de conhecimentos. Eva: E pra finalizar Eduarda, você na sua vivência escolar, você acha que o professor está preparado para a inclusão? Eduarda: Essa questão da preparação, foi uma questão que me pegou muito quando eu comecei o estágio eu achava que o professor regente de sala de aula, ele precisava ter algum curso, alguma coisa que tivesse ali na questão da inclusão, só que não, ele não precisa ter essa formação, ele precisa ter a formação de Pedagogia pra dar aula, quem precisa dessa formação a mais é o professor de SAAE da sala de apoio porque daí ele faz as atividades totalmente diferentes que é só pra aquelas crianças, então não precisa mas eu acho que pra você conseguir lidar melhor com tudo isso, pra você saber como montar atividades pra esse aluno com inclusão junto com os outros você precisa de uma formação mesmo que não seja obrigatório, exigido, mas eu acho que precisaria sim. Renata: Obrigada pela atenção, por compartilhar da sua experiência conosco, contribuir com o nosso trabalho. Eva: Muito obrigada Eduarda. Eduarda: Eu que agradeço.

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