LOC2: Pois a partir de agora, essa integração é possível com o Radiotube. O sistema foi lançado há dois meses. O visual é parecido com o orkut e a proposta se aproxima do youtube. Mas, diferente de ambos, foi criado especialmente para disponibilização de conteúdo radiofônico com enfoque na cidadania.
LOC1: O coordenador do projeto e integrante da Criar Brasil, João Paulo Malerba, explica.
SONORA MALERBA
LOC2: O material produzido por diversas entidades e rádios do Brasil já estão disponíveis para serem baixadas. O cadastro no Radiotube é simples e gratuito. Para acessar, digite:
www.radiotube.org
LOC1: Ouça agora uma das vinhetas produzidas pelo Criarr Brasil sobre o Voto Consciente
SONORA VINHETA
LOC1: O Ministro da justiça, Tarso Genro, visitava a cidade de Bagé para a Semana do Trânsito. O diretor da rádio comunitária Sinttonia FM, Danúbio Barcelos, que é também coordenador regional da Abraço, aproveitou a ocasião para entregar ao ministro uma carta de repúdio à repressão que as rádios comunitárias vem sofrendo na região. Além disso, o documento oferece uma análise crítica da política de radiodifusão comunitária adotada no país.
LOC2: Enquanto a própria Sinttonia FM é constantemente visitada por agentes da Polícia Federal; as rádios comerciais permanecem intocadas. Segundo Danúbio, a cada 3 rádios comerciais da região, 2 não estão habilitadas a funcionar. Entretanto, nas rádios comerciais, os fiscais da ANATEL nem chegam perto. Ouça agora o próprio Danúbio falar sobre o encontro com o Ministro.
SONORA BARCELOS
LOC1: A sinttonia fm é a segunda rádio mais ouvida em Bagé, cidade com 130 mil habitantes. Foi fundada em 99, manifestando interesse na autorização de radiodifusão comunitária concedida pelo MC. Diante da lentidão burocrática, a batalha na justiça concedeu uma liminar de funcionamento para a rádio, mas a mesma foi cancelada dois anos depois. Desde então, a rádio comunitária resiste à repressão para permanecer no ar.
LOC2: A íntegra da carta entregue ao ministro pode ser encontrada no sítio www.sinttoniafmdebage.com.br Atenção: o sinttonia da rádio se escreve com dois t´s.
LOC1: E a mídia alternativa vai ocupar o Google Maps. A idéia é formar uma rede de conexão entre todos os veículos alternativos do mundo. É o Projeto global da mídia alternativa que através da internet pretende ter uma idéia do universo e da diversidade desses meios. É o que explica Chico Santanna, responsável por colher as informações dos projetos não só do Brasil como de outros países da América Latina.
LOC2: Ele explica que a idéia teve início na França e já conta com 50 pessoas responsáveis por juntar informações no mundo todo. Dessa forma a integração e identificação de propostas comuns é facilitada. Chico diz porque considera o projeto importante para fortalecer a mídia alternativa.
SONORA Uma das questões da mídia alternativa, uma das fraquezas por recursos econômicos e de tecnologia é a capacidade de penetração. A mídia grande já trabalha em rede e se fortalece com maior troca de informações.
LOC1: Também quer compartilhar informações sobre seu projeto? Envie um e-mail para chicosantanna@hotmail.com, com nome, propósito e a cidade. Santanna com dois ns.
E atenção, as rádios livres e comunitárias sem outorga, cuidado para não divulgar dados que coloquem o projeto em risco.
LOC1: E pela primeira vez a cidade de São Paulo terá rádios comunitárias legalmente autorizadas à funcionar mas infelizmente, a passos lentos. Apenas em 2006, oito anos depois do lançamento da lei que regulariza as rádios, a maior cidade do Brasil recebeu o aviso de habilitação para as associações interessadas em ter uma rádio comunitária.
LOC2: Entidades ligadas ao movimento de radiodifusão comunitária conseguiram que esse processo de habilitação contasse com a participação da sociedade civil. Dessa forma, foram criadas mesas de trabalho que ocorriam de mês em mês, entre entidades, associações interessadas, parlamentares e representantes do ministério das comunicações.
LOC1: Contudo, segundo João Brant, do coletivo Intervozes, a participação do ministério não foi satisfatória pois de acordo com ele, os representantes só compareceram a metade das mesas e não contribuiram para que o processo funcionasse de forma democrática.
SONORA JOÃO BRANT
LOC2: O processo ainda está em andamento, mas para o movimento em favor da democratização da comunicação não se mostrou satisfatório. Das 154 associações interessadas, apenas 41 foram autorizadas a implementar rádios comunitárias. Um dos problemas é que a lei prevê que em caso de proximidade geográfica, duas associações da mesma área devem atuar em conjunto. Brant explica que isso pode fazer com que algumas rádios não alcancem a comunidade a qual fazem parte.
LOC1: Brant também avalia que apesar do encaminhamento desse processo, apenas cerca de 10% da população paulistana terá acesso às rádios. Para ele, a a única solução para ampliar esse quadro seria uma mudança efetiva na legislação.
LOC2: No dia 8 de setembro foram criadas mesas de trabalho permanentes. O objetivo das mesas é garantir o apoio jurídico na instalação das rádios além de contribuir na promoção de conteúdo e gestão. Brant ressalta um fator que considera muito importante nesse processo das mesas de trabalho:
SONORA JOÃO BRANT
LOC1: Entre os dias 16 e 19 de setembro, foi realizado um acampamento em frente ao edifício sede da Petrobrás, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 700 manifestantes abriram a vigília em defesa do petróleo brasileiro, com a campanha O Petróleo tem que ser nosso.
LOC2_ A intenção era alertar a população sobre o anúncio da 10ª rodada de leilões dos campos de petróleo brasileiro, marcada para dezembro. No contexto da descoberta de um mega campo de petróleo no litoral brasileiro, chamado de pré-sal, os manifestantes pediam o cancelamento dos leilões, mudanças na lei do petróleo para impedir a privatização do recurso e a recuperação da Petrobrás como empresa estatal.
LOC1: Para ampliar a voz dos manifestantes, a Agência Petroleira de Notícias realizou a cobertura integral do ato. Além das notas disponibilizadas no endereço www.apn.org.br, a Rádio Petroleira transmitiu ao vivo, de hora em hora, flashes sobre a vigília.
SONORA VINHETA RÁDIO PETROLEIRA
LOC2: A jornalista Claudia Abreu, da coordenação de comunicação do Sindicato dos Petroleiros-RJ, fala sobre o papel da rádio.
SONORA CLAUDIA ABREU
LOC1: Para conhecer a programação da rádio Petroleira, acesse o portal da Agência Petroleira de Notícias: www.apn.org.br