Loc1: No início de fevereiro o diário oficial da União divulgou a autorização de radiofreqüência para mais de 80 rádios em todo o Brasil. A princípio, esse pode parecer um bom número mas em um país com uma demanda como o Brasil.... eu falei com Joaquim Carvalho que integra a ABRAÇO CENTRO OESTE, ele faz críticas a essa quantidade.
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Loc2: Também foram abertos avisos de habilitação para 292 localidades. Porém, com a demanda existente no país, esse número ainda parece pequeno. Joaquim acredita que se trata de falta de vontade política para resolver o problema...
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Loc1: Joaquim também aproveita para lembrar a fala do presidente Lula na abertura da primeira conferencia nacional e comunicação no final do ano passado em relação as rádios comunitárias. Na ocasião, o presidente criticou o movimento de rádios por não ter rádios genuinamente comunitárias.
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Loc2: Ele conta que há uma proposta da Abraço, de criação de conselho social para fiscalizar e acompanhar os processos.
Nota 3
Loc1: Até o final desse mês, o Ministério das Comunicações deve apresentar um relatório comparativo entre dois diferentes padrões de tecnologia digital para rádios: o IBOC e o DRM.
Loc2: Técnicos de diversas instituições como o Centro de Estudos em Telecomunicações (CETUC) de Belo Horizonte, professores da UFMG e técnicos do Inmetro e da própria Anatel realizaram recentemente testes de transmissão com o padrão DRM. A nova tecnologia poderá trazer novas possibilidades como o acesso a arquivos de fotos e transferência de dados.
Loc1: A princípio, as diferenças entre os dois padrões podem parecer essencialmente técnicas. Mas existe uma diferença fundamental: enquanto o sistema DRM, padrão europeu, é um sistema aberto, o padrão norte americano é proprietário. O Prof. Cassio Gonçalves Rego, da UFMG foi o coordenador da equipe que realizou os testes e explica o que isso quer dizer.
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Loc2: Ele sustenta que a maneira de produzir rádio vai mudar. Também será permitido a transmissão de vários programas por uma mesma emissora. Resta saber, se as rádios comunitárias poderão ter acesso e sustentar essa tecnologia.
Nota 5
Loc1: Na sexta-feira de carnaval, 12 de fevereiro, a irreverência de um novo bloco ocupou as ruas do Rio de Janeiro. É o Fala Puto que Eu te Escuto, uma iniciativa de comunicadores populares cariocas. Esse grupo é composto por pessoas que integram coletivos e entidades que defendem a democratização da mídia.
Loc2: Pois é, a ideia é aproveitar a alegria e o humor do carnaval para debater sobre o direito ao acesso a comunicação de todos e todas, além dos assuntos que a mídia tradicional não debate como favela, liberdade de expressão, entre outros. O jornalista Rafael Duarte, da Agência Petroleira de Notícias, explica como o bloco serviu para discutir temas políticos em pleno carnaval.
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Loc1: E, com uma caixinha de som modesta, mas uma bateria nota dez, o bloco Fala Puto que Eu te Escuto ocupou a Cinelândia no Rio e fez a festa de trabalhadores e das famílias, mostrando que com vontade é possível tudo. Inclusive criar um bloco de carnaval em 48 horas. Fala Puto que eu Te Escuto...Rafael Duarte explica pra gente como surgiu esse nome.
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Loc2: É bom lembrar que o bloco não é só de comunicadores mas de toda sociedade que também pode e deve não só participar das discussões, como também produzir mídia.